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Importadoras perderam vendas quase em dobro em janeiro

09/02/2012
As marcas filiadas à Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) fecharam o mês de janeiro com queda de 40,6% em suas vendas, na comparação com dezembro de 2011. De acordo com a assessoria da entidade, foram emplacadas 11.367 unidades, ante 19.151 veículos no último mês do ano passado.

O mercado nacional de veículos novos também teve retração em janeiro ante dezembro, caindo de 329.198 unidades para 252.697, um recuo de 23,2%. Assim, a queda nas vendas de carros importados de fora do eixo Mercosul-Mexico ficou perto do dobro da queda experimentada pelo mercado em geral.

No entanto, na comparação com um ano atrás, houve crescimento. As marcas da Abeiva (hoje, as principais são Kia, JAC, Chery, Audi e BMW) emplacaram 16,9% mais carros em janeiro último que em janeiro de 2011 -- quando a JAC ainda não fazia parte do grupo. O mercado avançou 9,8%.

Mas o dado que a Abeiva mais gosta de divulgar é negativo. A queda de 40,6% nas vendas do mês passado reduziu a participação de mercado das filiadas à Abeiva a 4,5% do total de emplacamentos, ante 5,82% em dezembro de 2011. É mais um argumento das importadoras em favor de sua suposta "inofensividade" à economia nacional -- se os importados são poucos, não deveria haver razão para sobretaxá-los.

"Obviamente, sentimos o impacto da instabilidade do mercado por conta do exaustivo noticiário sobre a alta da alíquota do IPI [para os importados] a partir de 16 de dezembro. Mas também porque muitas importadoras não dispuseram de vários modelos, devido à impossibilidade momentânea de planejamento de compras no exterior", diz José Luiz Gandini, presidente da Abeiva e da Kia.

Gandini avalia ainda que o consumidor brasileiro ficou desorientado em relação a preços. "Quem repassou, quem não repassou [o aumento do IPI]. Várias dúvidas do consumidor comprometeram a venda de veículos importados, fato que deve se normalizar em março ou abril, quando todos os players já tiverem seus preços equalizados". A expectativa é que os emplacamentos dos importados voltem à faixa de 16 mil a 18 mil unidades por mês.

Fonte: www.uol.com.br

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