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Aumento de impostos para carros de alta cilindrada é "terrível" para o setor

13/09/2012
O diretor geral da Audi afirmou hoje que a intenção de o Governo aumentar os impostos para carros de alta cilindrada é "terrível" e "dramático" para o setor, já que as vendas irão cair ainda mais, obrigando a nova redução de pessoal.

Licínio Almeida, que falava aos jornalistas na apresentação do novo modelo A3 em Lisboa, disse que "tem havido uma redução de pessoal muito significativa no setor e infelizmente continuamos com uma carga fiscal exageradíssima", e embora "ainda não se saiba o que o Governo quer dizer com o aumento de impostos para os proprietários de carros de alta cilindrada", tal situação vai provocar uma maior queda nas vendas de automóveis em 2013 relativamente a este ano.

Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), as vendas de carros estão com uma queda de 40,4 por cento entre janeiro e agosto deste ano, sendo que o diretor geral da Audi prevê que em 2012 o mercado "não vai sequer chegar aos 100 mil automóveis vendidos, provavelmente até aos 95 mil, estando aos níveis de 1985".

Licínio Almeida referiu que a perceção de que em Portugal existem muitos carros de alta cilindrada ou automóveis novos "é errada" quando comparada com outros países europeus e o aumento da carga fiscal "tem como consequência o envelhecimento do parque automóvel, que atualmente está nos 11 anos".

Frisando que a maioria dos portugueses só troca de carro de 11 em 11 anos, o responsável da Audi em Portugal alertou para o facto de "só a Dinamarca e a Grécia têm uma carga fiscal superior à de Portugal".

Licínio Almeida adiantou que a tendência das vendas de carros nó último trimestre do ano "é de queda", embora "possa reuperar um pouco devido às alterações previstas ao Imposto Sobre Veículos (ISV) previstos para o próximo ano, mas serão sempre migalhas".

Ou seja, o diretor geral da Audi considera que, se o ISV for muito oneroso para o próximo ano, conforme foi na terça-feira anunciado pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar, alguns dos clientes poderão antecipar a compra do carro para os últimos meses do ano.

Para fazer face à crise, Lícínio Almeida refere que a Audi "tem um plano de produto muito ambicioso", mas em Portugal "há que viver com o mercado que temos"

Daí ter anunciado o lançamento do novo modelo A3, a 18 de setembro, "um pilar fundamental da atividade da marca", sendo que o primeiro foi lançado em 1996 e, desde essa altura, a Audi já vendeu 33 mil carros.

O A3 já representou 25 por cento das vendas da Audi, mas, segundo Licínio Almeida, "no futuro, devido à introdução do A1, este modelo poderá representar 20 a 22 por cento" dos todos os carros Audi vendidos em Portugal.

Fonte: http://www.rtp.pt

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