O mercado já dava como certo, porém faltava o pronunciamento oficial do governo. E ele veio da forma mais direta possível: durante a abertura ao público do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, a própria presidente Dilma Rousseff fez o pronunciamento que confirmou a prorrogação da redução do IPI até 31 de Dezembro. 

É a segunda vez que o governo prorroga a redução do benefício neste ano, que foi anunciada inicialmente em maio. Em agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a primeira prorrogação da redução do imposto, que, a princípio, venceria no dia 31 daquele mês. 

Desde o início da redução do IPI para o setor, houve aumento significativo na venda de carros novos e redução dos estoques das montadoras. 

O corte do IPI depende da potência do motor e do local em que ele é produzido (se nacional ou importado). Para carros novos com motor de mil cilindradas (1.0) e fabricados no Brasil, que são os mais vendidos, a alíquota normal do imposto foi de 7% para 0%. Já para os importados com o mesmo tipo de motor, a alíquota foi de 37% para 30%. 

Vale destacar que só no mês de Agosto, o país bateu o recorde de vendas, passando de 405 mil os veículos emplacados no Brasil. A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos foi uma forma que o governo encontrou para evitar demissões e a desaceleração do setor, um dos pilares produtivos no país, e que é sempre um dos mais atingidos em crises, como a que vivenciamos hoje na Europa, e que afeta diretamente todo o globo terrestre.